segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Abominável Nova Igreja Católica do Período Medieval

Todo mundo que tem o mínimo de conhecimento sabe como era a Igreja Católica, principalmente no período de seu ápice, durante a Alta Idade Média. Todos que estudaram história viram o domínio, a forma de manutenção da hierarquia Católica Apostólica Romana, bem como a forma de tratar os "infiéis", os hereges, os pecadores, etc. Falar sobre isso é apenas gastar meu tempo e ler sobre isso é gastar o tempo dos poucos leitores que eu tenho.
O assunto de hoje é "como as Igrejas Evangélicas (e com essa nomenclatura quero integrar todas as religiões cujos cultos são presididos por Pastores) vêm se tornando cada vez mais igual àquela Abominável Igreja Católica da Idade Média". Isso mesmo, aquela igreja tão criticada, que torturava bruxas, fazia cruzadas contra os infiéis, cobrava indulgências, vendia pedaços do céu e tratava as demais religiões como inferiores.
A origem da Igreja Protestante, como já falei em outro post, é datada do século XVI e era regida por uma ideia principal: ser diferente da Igreja Católica. E foi assim durante muito tempo, parecendo ser uma religião mais "inteligente". Porém o que se vê, ao menos no Brasil, é uma reprodução "seculovinteumzada" das práticas que a Nova Igreja faz questão de criticar como forma de legitimação da sua "superioridade" sobre a Velha Igreja do período medieval. 
Em qualquer culto é possível ver que, no grito, os pastores buscam fazer uma descarada lavagem cerebral com o intuito de escravizar mentalmente e conquistar novos "fiéis" e/ou "contribuintes", assim como pode ser observado na obrigação de ser católico imprimida pela Igreja Católica. A proibição de várias práticas como o sexo sem casamento também é defendida pela Nova Igreja, bem como o repúdio à homossexualidade permanecem e as cruzadas de outrora com o objetivo de conquistar novas áreas estão nos programas TV e nos protestos contra a liberdade de expressão e os homossexuais.
A cobrança do dízimo não é obrigatória, mas é preciso pagá-lo para obter a salvação. O enriquecimento com o suor dos outros é visível pelo número cada vez maior de Igrejas, pastores e seus bens. Jesus agradece o dinheiro colocado no envelopinho branco dos que levantaram a mão para recebê-los. A interpretação imparcial da Bíblia é equivalente à forma de escrevê-la (aliás, é interessante dizer que já reescreveram-na a seu gosto), bem como é possível ver que as torturas, antes físicas, contra os hereges e praticantes de outras religiões é hoje uma tortura psicológica aos "escarnecedores", que não são aceitos em grupos onde predominam membros "fiéis" ou são ofendidos pelos seguidores do cara que foi crucificado por pregar igualdade entre os homens. 
O abuso com as pessoas que estão à margem (não apenas da sociedade, mas também à margem de sua própria capacidade de distinguir entre o que é certo ou errado naquilo que é dito) é visível e a transformação dessas pessoas "de bem" em pessoas abaladas psicologicamente - doentes - é tão criticável quanto o nazismo. A violência praticada hoje em dia pelas Novas Igrejas é equiparável à Velha Igreja na época em que dominou o pensamento religioso. Embora ambas produzem verdadeiros milagres todos os dias, a sede de poder tornou a Nova Igreja tão abominável quanto a Velha.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nova Ordem Social?

Até onde você iria pra fazer um mundo melhor pra pessoas que precisam dele?

domingo, 24 de julho de 2011

Confused on Inception

Com essa música, fica triste. 
Com essa música, fica menos triste.
Com essa música, fica parecendo um cão arrependido.
Com essa música, fica parecendo um chororô.

(Aí tu pergunta: "Tem quatro músicas aí, mano! E agora, o que é que eu faço?" Se tu não souber, não posso ajudar sem correr o risco de perder a parcialidade)



Sabe, guria, eu fiz mil merdas na vida. Mais de mil. Mas aquela é a que mais me traz arrependimento. Já tive sucesso em várias coisas que já tentei fazer. Mas aquela foi a maior. A maior. Olho pras fotografias e vejo que deveria ter feito o que não fiz, ou será que é não fazer o que fiz? Não sei, guria. Tá foda aqui. Cada vez mais difícil, meio impossível, eu diria.
Eu dificilmente deixo de fazer as coisas que eu quero fazer quando posso. Mas aquela vez foi demais. Eu também facilmente deixo de fazer as coisas que eu quero fazer quando não posso. Sou participante do clube dos cagões. E agora eu sofro com isso. Ou talvez isso nem seja sofrimento, seja somente o arrependimento batendo com força na minha cabeça que dificilmente se confunde, mas agora está tão confusa que não consegue nem saber se está ou não confusa. "Onde foi que eu errei?" "Não sei." "Será realmente que errei?" "Também não sei". É uma confusão desconfusa, ou talvez uma desconfusão confusa. Não sei se tô pensando certo, guria. Quando acho que tô pensando o certo, tudo muda e eu não sei mais se aquilo que eu pensei é o certo. Tô tão perdido quanto alguém no meio de Inception, sem conseguir diferenciar sonho de realidade. Será a realidade um sonho ou o sonho é a realidade? Guria, não sei o que pensar. 
A única coisa que sei é que eu me arrependo de todas as burrices que fiz na vida, principalmente aquelas que não pude ou não posso consertar. Ou será que posso? Não sei, guria. A culpa é tua. Ou será que é minha? Ou será que, por ela ser minha, jogá-la em ti me faz bem? Quem sabe ela seja tua e eu quero tê-la, inconscientemente, na minha consciência? Não tenho mais certeza de nada, guria. Queria te chamar de morena, mas tu é loira, ruiva, morena, com cabelos lisos, cacheados, encaracolados. Tu me confunde tanto, guria, que não sei mais nem de que guria eu tô falando. É errado, isso? Ou é só um problema por gostar de mais de uma e lembrar de todas? Será que eu realmente senti algo ou eu me forcei a sentir? Ah, guria, eu que me orgulho de te conhecer tanto te vejo como uma estranha agora. Qual é o meu problema? Guria, me responde por que é que eu sou assim, por favor!
QUAL É O PROBLEMA? Ou seriam problemas? Ou talvez nem seja um problema, seja uma solução. E agora, guria, o que eu devo fazer? Aliás, eu sei o que eu devo fazer, mas penso adiante e a razão junta-se com o sentimento (será que é um sentimento? Eu sei que não, mas parece que sim). E qual a solução? Vejo mil, às vezes apenas uma fica em foco e as outras ficam borradas. Mas, num turbilhão, tudo muda. Isso é confusão ou é apenas uma visão estratégica de todos os momentos? Desculpa por não saber. Me arrependerei depois, ou talvez não. Não importa, gurias, vocês sabem - e se não sabem, fiquem sabendo a partir de agora - que eu me arrependo de todas as cagadas e até de alguns acertos, mas que eu faria tudo exatamente da mesma maneira, mesmo sabendo que me arrependeria depois.
Ah, gurias, vocês me deixam louco. E, masoquisticamente, eu meio que gosto disso. Aliás, o sadismo disso tudo também me atrai. Gurias, eu quero vocês. Agora. Todas e nenhuma. Ao mesmo tempo. Quero de volta, quero pela primeira vez, mas não pra sempre. É errado isso? É errado achar isso certo?
Aceitam um chá, um abraço, um beijo e um pedido de desculpas?

Is this the real life? Is this just fantasy?
I'm not insane, I'm not, not insane!
What I am, to you, is not what you mean to me...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aos meus amigos.

Melhor se ouvido com esse som da Veraloca: Aos meus amigos

Sei que é clichê comum [já perceberam quão clichê é dizer que uma coisa é clichê quando essa coisa é clichê? É uma clichelização do uso de clichê. Prevejo mentes explodindo.] escrever mensagens pros amigos no Dia do Amigo, mas que se foda, eu acho que amigos merecem uma homenagem. 
Um amigo é mais do que aquela pessoa com quem tu sai pra dar uma volta, muito mais do que aquela pessoa pra quem tu oferece apoio ou te apóia nas horas que tu mais precisa. É mais do que alguém em quem tu possa confiar todos os teus segredos Ser amigo é muito mais do que aquela cerveja todas às quartas vendo o jogo e o futebol na segunda, sete às oito. Um amigo não é aquela pessoa que te convida pra comer uma pizza ou divide o último chiclé, não é aquela pessoa que, haja o que houver, se fode junto contigo. Não é aquela pessoa que tu abraça quando tá bêbado e te leva pra casa mesmo quando não tem condições de ir sozinho.
Amigo é muito mais do que o que eu disse acima, por ser muito mais simples (não significando que não sejam raros, pois não existe fábrica de amigos, tampouco uma fórmula pra fazê-los). O que é um amigo, então? é uma pessoa especial, que te marca pra sempre com qualquer tipo de atitude que te faça sentir bem, dure essa amizade um minuto ou um século.

O dia do amigo não é um dia pra falarmos com todos os nossos amigos, ou reclamarmos dos "maus amigos" (quem faz isso merece se foder, mesmo). É uma das únicas "datas 'comemorativas' sobre pessoas" que não precisamos falar nada pra ninguém, tampouco presentear. Basta sentir-se bem lembrando dos momentos que você passou com seus amigos e pronto, eles estão presenteados com o melhor presente que alguém pode receber: um amigo.


Feliz Dia do Amigo a todos os amigos, a todos que me consideram um amigo, todos que têm amigos e todos que são considerados amigo de alguém. Real, virtual, ou sexual.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Frígidas.

Frígida sempre aproveitou a liberdade que seus pais lhe davam. Aos 14 anos, conheceu aquele que viria a ser seu primeiro namorado, um playboyzinho da zona norte da cidade, que tinha um carro e era neto do maior empresário da região. O cara mais desejado por todas. O número 1 da lista dos sonhos de toda guria. O maior comedor. Os anos se passaram e Frígida, aos 16, engatou o namoro com "o amor de sua vida". Ele, aos 22, cursava engenharia e estava há 2 anos da formatura, enquanto Frígida estava no segundo ano do antigo segundo grau. Tudo ótimo, Frígida havia se "aquietado" e juntos ambos esperavam a "hora certa" para a primeira vez. Tudo perfeito, até o "dia D" chegar, pouco mais de dois meses depois do pedido de namoro. O playboy que já havia traçado mais de 20 com seu corpo malhado, carro e dinheiro fez toda a cena de "Malhação", janta no restaurante mais caro, o vinho mais caro e o melhor quarto no melhor motel, com pétalas de rosas. O sonho de toda virgem: o momento perfeito com o cara perfeito. Tudo começou bem, um banho de banheira, beijos, e partiram pro gran finale, na tal da cama king size. Preliminares: não existiram. O tal comedor partiu pra cima com força, rompeu o hímen, fez duas ou três posições e, 30 minutos depois, completou o serviço, num final tipo filme pornô. Tomaram um banho, deram outra, dessa vez com preliminares: uma masturbação nos grandes lábios e um sexo oral do tipo cachorro-bebendo-água. Ela tentou também, sem sucesso, porque era fresca demais e mulher cheia de dedos na cama deve ser pior do que uma boneca inflável. De quatro, frango-assado e uma posição estranha do tipo vem-cá-minha-puta. 40 minutinhos e a festa acabou, da mesma forma que a outra. Tomaram banho, saíram, foram cada um pra sua casa, nosso amigão pensando "dei um trato nela", enquanto nossa amiga anotava tudo num diário, com todos os detalhes possíveis. O namoro durou mais quatro anos e o Frígida virara um mero depósito de porra. Uma ou duas "esvaziadas", colocavam a roupa e iam pra faculdade juntos. Ele no quinto ano, após repetir várias vezes, ela no segundo, com seu caderninho do Ramones e um piercing no umbigo que ninguém via porque ela não podia usar nenhuma roupa "de mulher". O fim foi trágico: saindo da aula antes, ela foi até o carro do namorado que estava com as luzes acesas e os vidros embaçados. Muita choradeira, xingamentos, brigas e duas "voltadas" e términos, ela estava sozinha e ele formou-se e saiu do país. Estava livre pra conversar com todos e o mundo novo que ela entrava era fascinante. Deu algumas vezes e hoje, aos 27, jamais teve um orgasmo e jamais fizera alguém ter um. Pegava com a ponta dos dedos e lambia com a pontinha da língua. Nunca ninguém a ensinara a fazer algo certo.  Uma vez foi chamada de puta e outra, com um puxão de cabelos, desistiu. Frígida é uma gostosa, mal comida, não sabe transar, nunca gozou, nunca tentou "se conhecer" e nunca quis aprender ou fazer nada além do "básico", até o momento em que simplesmente desistiu de fazer sexo. Frígida é um conjunto de todas as possíveis maneiras de mulheres frígidas, seja por opção ou por não terem conhecido um homem de verdade.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Analisando textos sobre sexo e relacionamentos: Pt 1 (?)

Não, esse não é um post SOBRE sexo e relacionamentos =(
Só tem uma forma de deixar um texto que contenha sexo ser triste: assim (CUIDADO - NSFW!). Foda mesmo é encontrar um texto feliz ou pelo menos não-triste sobre relacionamentos (excluindo, claro, o depoimento que aquela pessoa que é teu sonho de consumo acabou de receber da namorada dele e todo o tipo de "eu te amo"). Relacionamentos estão fadados a serem publicados como textos tristes: o texto que tu escreve sobre quem tu ama sem ser correspondido, o texto que tu escreve sobre quem tu perdeu, Romeu e Julieta, seus pais não deixando o namoro acontecer, ~le chifre~, etc. São, em grande maioria, tristes. É a tendência, pleonásmica, da moda.
Enquanto isso, os sexuais são normalmente mais felizes, embora infelizes na maneira em que são escritos: buceta é uma delícia (...) de falar. Mas, pra ler, complica. Cuzinho é pior ainda: além de péssimo de ler, ouvir também é nada interessante. É tão ruim quanto ouvir ~le texto~ de atores pornô. Coisas que alguns de nós até falam, mas ouvir os outros falando é, no mínimo, estranho. Já os que não são buceta-cuzinho, são aristocráticos demais: a qualquer momento parece que vai ter um "com seu perdão, penetrá-la-ei no orifício do seu órgão sexual feminino com meu órgão sexual masculino. No que tange à possibilidade de causar alguma dor, peço encarecidamente que me avise caso esta seja incômoda. Com votos de felicidades, cumprirei a tarefa. Atenciosamente, seu marido, portador do RG 00000000000 inscrito no SSP-RS. Segunda via". Só de escrever, broxei umas 4 vezes (não que alguém queira se masturbar lendo um texto qualquer com um tema sexual (eu acho)). São esses extremos que eu quero evitar nos meus próximos textos e, como sou um bobagento por natureza, preciso de dicas. Enquanto isso, vou pensando no que escrever.



NSFW - Not Safe For Work

Relação intertextual

Faz uma cara que não apareço por aqui. Eu não sei como posso explicar. Eu escrevo e sempre apago. Apago mesmo, com vontade. Nem salvo. Sou como a maioria dos escritores: frustrado. Só que a minha frustração vai além dos limites. Eu fico brabo, rasgo rascunhos, apago sem salvar. Um texto mal escrito me deixa com uma sensação de "eu sou ridículo até pra escrever uma merda de um texto". Penso nos textos que todo mundo escreve e olho pros meus e penso: "que lixo é esse?" e meu dedo vai direto, sem dó, pro shift+delete. Apagar permanentemente? Sim. Porém, por incrível que apareça, eu nunca fiquei enlouquecido querendo voltar no tempo pra buscar um texto apagado. Não choro sobre o leite derramado. Volta e meia tenho uma idéia que eu considero genial, mas dificilmente invisto, por preguiça ou apenas por ter certeza do insucesso. Tu vem aqui e já lê lixo suficiente, já pensou se eu for postar o que escrevi sobre mulheres e apaguei? Se EU não mereço, magina tu. Também em relacionamentos.
Quem entender, entenderá.


(e assim começa uma nova fase na minha vida de blogueiro frustrado)

domingo, 10 de abril de 2011

Desliga esse Videogame, Guri!

Esse texto começou com uma das frases que mais ouvi na minha vida. "Desliga esse Videogame, Guri!" e "Sai desse computador de merda!" foram as frases que marcaram minha infância. Não sei o porquê, mas hoje elas vieram à tona, agora, quando eu estava lendo algumas coisas que leio costumeiramente só pra ficar a par da vida. E veio bem a calhar, pois tem sido com a voz de todo mundo lá em casa que eu tenho levado a vida nesses últimos meses, porém de uma forma metafórica, às vezes com sucesso, outras levando chumbo. E termina do jeito que começou, sem mais nem menos, por um motivo simples: eu não sei mais o que escrever.
Então tá na hora de, novamente, eu obedecer e desligar o videogame, mas lembrando sempre de salvar antes de desligar - embora eu tivesse um Super Nintendo, quando eu ganhei o computador, sempre tomei o cuidado de salvar, mesmo tendo perdido o jogo ou ficado sem balas. No dia seguinte eu sabia que ia dar um jeito.
Então... DESLIGA ESSA MERDA!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Moça do guarda-chuva.

A moça do guarda-chuva, amiga do rapaz do sombrero, simplesmente decidiu se molhar. Fechou o guarda-chuva, jogou-se na chuva e molhou-se. Mesmo assim, às vezes recebia a culpa do rapaz do chapéu, que dizia que o guarda-chuva que a moça carregava espantava a chuva. Portanto, era culpa da moça a falta de chuva. A moça não entendia, pois sempre tomava seus banhos de chuva, embora jamais falava para o rapaz que havia algo sobre a sua cabeça, tampouco para retirá-lo.
Será que a moça do guarda-chuva um dia terá coragem para sacar o sombrero da cabeça do rapaz? "Sim", diz ela, com a coragem pulsando como seu sangue que fervia a cada vez que o rapaz jogava sobre ela a culpa da chuva que não caía.

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Same rules, fellas.

Rapaz.

"Como pode ele não perceber que estou aqui?" pensava o sombrero de abas largas que há muito tempo recebia a chuva que deveria cair sobre a cabeça do rapaz que se encontrava abaixo dele. Ouvia o rapaz praguejando, culpando as nuvens, a física e a todos, embora a culpa fosse simplesmente dele. Um dia o chapéu de abas largas apertou a cabeça do rapaz, forçando-o a perceber que havia algo sobre a sua cabeça. O rapaz, indignado, simplesmente culpou o sombrero, sem fazer menção de retirá-lo de lá.
Até quando o rapaz ficará com o sombrero em sua cabeça? Ninguém sabe.
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Muda o texto, a regra continua.

Sombrero.

"Decepcionar-se é (bem) pior do que parece", dizia o rapaz que não tomava banho de chuva há muito tempo. Simplesmente ficava pensando em desculpar-se ou retirar seu quinhão de culpa, jogando-a nas nuvens, acusando-as de simplesmente não molharem a área onde ele se encontrava. Praguejava demais. Mas ele não percebia que precisava tirar o chapéu de abas largas que cobria sua cabeça e seu corpo. Quando viu-se coberto pela sombra do chapéu, fez o que todos fariam: culpou o chapéu por não sair de lá, por não ouvir as reclamações. 
Mas o chapéu não sairia de lá sozinho. Nunca saiu. 
Até quando ficará lá? Ninguém sabe.
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Se quiser o texto desmetaforizado, pergunte.
Não tente entender por si só e formar sua opinião sem conhecer os motivos do texto.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Universidades, Trotes e suas Proibições.

É proibido fumar em áreas fechadas. Explicação: atinge demasiadamente os fumantes passivos - as pessoas que não fumam e ficam inalando a fumaça. Corretíssimo, ninguém deve ficar fungando na fumaça dos outros. E ninguém pode obrigar alguém a fazê-lo. Quer fumar, simplesmente saia do recinto.
Proibido dar trote na universidade. Explicação: às vezes, os trotes atingem os calouros de forma negativa. Às vezes.
O que é o trote? Aliás, qual a fundamentação social de um trote? Pra quê ele serve? Quais os limites?
Bom, como todo mundo sabe, eu sou aluno do curso de Direito da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, aka FURG. Estou no segundo ano e, como todas os veteranos e bixos, aguardava ansiosamente para dar o tão famoso trote nos bixos. Foram várias horas de reunião para decidirmos qual a melhor maneira de acolhermos e fazer com que os calouros sintam-se em casa, como membros do galho que é o curso de Direito na "árvore científica-genealógica" da Universidade. Horas pensando algo que não vá ser ofensivo ou humilhá-los, tendo em vista que no meu curso não há registros de trotes violentos e/ou humilhantes. Fica tudo na brincadeira e todos com o direito de pedirem para não participarem ou, em casos extremos, para que pare.
Feita a introdução, gostaria de dizer que me senti frustrado quando soube que qualquer tipo de trote fora proibido pela Universidade e que seriam veementemente "combatidos" e punidos. Me perguntando o porquê dessas sanções, o que vem à minha cabeça é que os bons pagam pelos maus. Sim, por mais que pintemos as unhas ou os rostos, sempre levaremos a culpa dos filhos da puta que fazem merda dos trotes uma maneira para se vingarem das humilhações dos anos anteriores. Essa herança precisa ser exterminada, mas ninguém arrisca perder sua chance de vingança. Ninguém. Se tivesse trote entre os professores, seria a mesma merda coisa.
Fico indignado e ao mesmo tempo surpreso ao ver a repressão que se faz em torno de meras brincadeiras com os novatos, principalmente quando essas brincadeiras são feitas de forma amigável e sem o intuito de agredir física e psicologicamente uma pessoa. Uma tinta aqui, uma música acolá jamais fez mal a alguém. Muito pelo contrário, faz bem. Todo veterano já foi novato e já sentiu a sensação de estar completamente integrado à faculdade no momento do trote. É algo como ser iniciado num culto e não um preço que se paga obrigatoriamente para simplesmente passar vergonha. É um momento de integração, de brincadeiras.
Porém sempre há os retardados que se passam dos limites, cruzando a linha entre diversão mútua e diversão meramente de uma das partes, fazendo com que inicie-se uma reação em cadeia que perdurará por vários anos até que haja uma turma que pegará mais leve. Quase ninguém percebe que o trote desse ano se repetirá no próximo e refletirá nos bixos dos bixos dos bixos dos bixos. É uma bola de neve: uma vez ruim, sempre será pior, porém, quando bom, sempre tende a melhorar.
Num trote, há muito mais do que a mera tradição de dar trote nos bixos, há a tradição do trote, de como ele é feito. Marginalizá-lo é simplesmente uma falta de consciência dos responsáveis, enquanto impor limites e ensiná-los é muito mais cabível e interessante. O trote sempre vai ocorrer e, quanto mais escondido, mais perigoso e o perigo aumenta todo ano. Por fim, ficarão três recados.
Aos Criminalizadores do Trote: Vão se foderem Busquem novas maneiras de fazer com que não hajam abusos nos trotes. Criminalizar não é a solução!
Aos Veteranos: Não façam com os outros o que vocês não gostariam que fizessem com vocês. O trote precisa ser bom pra todos, principalmente pros próximos bixos, para que se mantenha a boa corrente.
Aos Bixos: Aproveitem, aprendam com o trote. Não aceitem caso se sintam ofendidos. Não é necessário fazer nada que vocês não queiram. Só não façam a bobagem de entrar numa bolha e deixarem passar a sua entrada na universidade em branco - não, isso não quer dizer "sejam pintados".

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nightmare pt. 1

Acorda. Trabalha. Come. Trabalha. Dorme. - Dias da Semana
Acorda. Curte. Come. Curte. Dorme. - Finais de Semana.
Acorda. Olha para os lados. Um mundo completamente novo à sua frente. Pirâmides à sua volta, mas nada de Egípcio. Num piscar de olhos, Paris e a Torre Eiffel podem ser vistas. Outro piscar e ele está no trabalho, em um escritório, procurando o porquê, a explicação do motivo pelo qual estão levando pólvora, ilegalmente, aquele lugar. O café vem sendo sua melhor companhia há três dias. A cama e a mulher há dois dias sozinhos. "Eu desisto, ele disse". O curto tempo entre descer as escadas e ir pra casa parece demorar anos. "Einstein e sua relatividade, que coisa mais óbvia", ele pensa. No rádio, notícias sobre a guerra em um daqueles países que não tem paz há séculos. Lá fora, nada de paz também. Buzinas são ouvidas como se as sinaleiras tivessem ouvidos. "De que adianta buzinar, se de nada adianta? Idiotas". Pela avenida, cento e vinte quilômetros por hora, outdoors diversos: massagens VIP e comida. "Comida. Parece que não como há anos". Boceja calmamente, procurando segurar firmemente o volante de seu carro novo, considerado o carro do ano por "aquela-revista-que-nem-leio". Ele olha. A entrada para sua casa está próxima. Precisa entrar à direita após o próximo posto de combustível. Aquela olhada para o marcador de gasolina é quase-que-sagrada. Abastecia naquele posto há mais de cinco anos, desde que mudara para um bairro nobre. Entrara para a alta sociedade daquele lugar, com seu carro e sua casa, projetada por ele mesmo. "Eu não posso acreditar". O trânsito havia parado, por causa de um acidente. Âmbulancias por todos os lugares. "Será que está passando no rádio?", diz ele, zapeando pelas rádios até descobrir que um acidente entre um caminhão, dois carros, uma van e uma moto acarretaram na morte de mais de vinte pessoas. Quando, finalmente o trânsito recupera a sua vitalidade, ele pega mais duas direitas, uma esquerda e, três horas depois, estava em casa. "Comer ou dormir? Eis a questão", pensa ele, rindo sozinho da frase que acabara de lembrar. Entrando em casa, decide comer, afinal, os três dias comendo apressado estavam pesando. Após um maravilhoso jantar, vai na direção do quarto, deita-se e dorme. Descansado, poderia curtir seu final de semana com aquela mulher que amava. Durante a noite, ele tem um sonho: Acorda. Olha para os lados. Um mundo completamente novo à sua frente. Pirâmides à sua volta, mas nada de Egípcio. Num piscar de olhos, Paris e a Torre Eiffel podem ser vistas. Outro piscar e ele está no trabalho, em um escritório, procurando o porquê, a explicação do motivo pelo qual estão levando pólvora, ilegalmente, aquele lugar. O café vem sendo sua melhor companhia há três dias. A cama e a mulher há dois dias sozinhos. "Eu desisto, ele disse". O curto tempo entre descer as escadas e ir pra casa parece demorar anos. "Einstein e sua relatividade, que coisa mais óbvia", ele pensa. No rádio, notícias sobre a guerra em um daqueles países que não tem paz há séculos. Lá fora, nada de paz também. Buzinas são ouvidas como se as sinaleiras tivessem ouvidos. "De que adianta buzinar, se de nada adianta? Idiotas". Pela avenida, cento e vinte quilômetros por hora, outdoors diversos: massagens VIP e comida. "Comida. Parece que não como há anos". Boceja calmamente, procurando segurar firmemente o volante de seu carro novo, considerado o carro do ano por "aquela-revista-que-nem-leio". Ele olha. A entrada para sua casa está próxima. Precisa entrar à direita após o próximo posto de combustível. Aquela olhada para o marcador de gasolina é quase-que-sagrada. Abastecia naquele posto há mais de cinco anos, desde que mudara para um bairro nobre. Entrara para a alta sociedade daquele lugar, com seu carro e sua casa, projetada por ele mesmo. "Eu não posso acreditar". O trânsito havia parado, por causa de um acidente. Âmbulancias por todos os lugares. "Será que está passando no rádio?", diz ele, zapeando pelas rádios até descobrir que um acidente entre um caminhão, dois carros, uma van e uma moto acarretaram na morte de mais de vinte pessoas. Quando, finalmente o trânsito recupera a sua vitalidade, ele pega mais duas direitas, uma esquerda e, três horas depois, estava em casa. "Comer ou dormir? Eis a questão", pensa ele, rindo sozinho da frase que acabara de lembrar. Entrando em casa, decide comer, afinal, os três dias comendo apressado estavam pesando. Após um maravilhoso jantar, vai na direção do quarto, deita-se e dorme. Descansado, poderia curtir seu final de semana com aquela mulher que amava.

Acorda de susto, doze horas após pegar no sono. "Ei, esse foi o meu dia de ontem!", ao mesmo tempo em que pensava estar vivendo um sonho. De repente, uma pergunta que não pode responder vem à tona: "Que porra é essa?"
_


Fim da Parte 1

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ei, você aí, quer escrever Aqui?

Detector de Mentiras: On.
Olá, amados.
Droga.
Olá, queridos.
Tá difícil hoje.
Olá, seus cornos.
Puts, quase consegui.
Olá, inúteis pseudo-leitores. É com imensao vergonha orgulho que venho por meio deste post informá-los que eu estou com surtos de LER nas costas (que estão me dando vontade de gritar de dor e meu braço não tá bom) sem vontade, criatividade e, de certa forma, tempo. Ok, não sei mais mentir. Ops. Enfim, estando há uma semana da volta às aulas, acho que está na hora de voltar a dormir direito postar. Sim, porque tenho alguns textos escritos, que poucas pessoas podem e/ou merecem ler. [Você, que não recebeu textos, não é importante pra mim. Tá, é só um pouco. Na verdade, você é, nada mais, nada menos do que o cocô do cavalo do bandido (Muahahahaha)]. Passei por maus e bons momentos nas férias, que, no momento não quero relatá-los aqui, até porque isso não é um Twitter diário. Só o que posso dizer é que fiquei com "saudades, mordidas e hematomas na caaaaaaaaaaama" [TequilaBaby-Negue] (Se o chapéu das mordidas dos hematomas servirem, me ligue! significa que sim, você está sendo dedurada, ___) Essa parte aí das mordidas é mentira, mas eu menti tão bem que nem o detector percebeu.
Piadas internas à parte e somado o fato do blog não ser um confessionário "direto", vamos ao verdadeiro assunto dessa postagem: você, que escreve. Juro! Há tempos que quero fazer isso, tanto para qualificar çaporra o blog quanto pra explorar mais assuntos e/ou opiniões. Funciona da seguinte forma: convidarei alguns conhecidos, blogueiros ou não, pra escreverem algo que será postado aqui. Não será qualquer um, porque o qualquer um já escreve aqui há um tempo já.

A princípio, era isso.
Fui, mas volto ainda essa semana com mais novidades e, se vocês rezarem e escovarem bem os dentes, um texto.



O título deve ser lido como a marchinha de carnaval, pra entrarmos no ritmo.
Antes de qualquer piadinha, o "Aqui" é aqui no blog.


Esse post com trechinhos coloridos é porque eu sei que vocês curtem Restart e Cine.
Legenda: Vermelho: Mentira - Verde: Mentira.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Por uma Reforna na Igreja Protestante

Ei, tu aí, que vais numa Igreja Protestante, sabes quem foi Martinho Lutero? Ah, claro que sabes, eu imaginava que não eras um estúpido por completo. Ah, ficastes sabendo só por causa do seu batizado na Igreja? Desculpa, amiguinho retardado, mas tu não tens noção do que Martinho Lutero fez. Mal sabes tu que ele não só confrontou a Igreja e é o marco do Protestantismo. Enquanto tu ficas achando que ele simplesmente fez isso, aprenda uma coisa, seu IDIOTA meu amigo: sua Igreja de merda só tem o nome de "Protestante" e só fala no Lutero por obrigação e pra dizer que a Igreja Católica está/estava errada. Falso moralismo HIPÓCRITA de merda. - Falar hipócrita em época de BBB é meio clichê, mas mesmo assim eu gosto. Voltando ao assunto: Repito. FALSO - HIPÓCRITA - DE M-E-R-D-A. As Igrejas Protestantes de hoje nem sabem o que está escrito lá nas 95 Teses.
Fala-se muito de Lutero nos dias de hoje, porém esconde-se o que ele disse. É como achar que Karl Marx é "o cara que falou do Marxismo, eu sigo os ideais e ponto final", sem imaginar o que está escrito nas "obras fundadoras do pensamento", O Capital e o Manifesto Comunista. É usar a camisa do Che e votar nos partidos de extrema direita, xingar o Bush e querer comprar armas dos EUA. É ter um pinto e mijar sentado atrás da moitinha. Hipocrisia gigantesca e grotesca, tendo em vista que temos a internet pra qualquer momento pesquisarmos, mesmo que seja no Wikipédia ou algo básico do Google. 
A verdade é: a Igreja Protestante não segue o protestantismo e ninguém percebe / quer perceber. As tão faladas indulgências são cobradas em forma de doações além do dízimo, os famosos envelopinhos que vão diretamente pra laranjas e depois viram grandes emissoras de rádio e televisão, além de casas, apartamentos, carros e, em alguns casos, putas e drogas Jesus. Num curso pra pastor, ensina-se a falar a palavra de um modo que convenha e que convença as pessoas a fazerem doações, enquanto nosso amigo Lutero dizia que "O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus". (62).
Agora, vamos à Igreja Católica e suas proibições sobre o uso da camisinha, sexo antes do casamento e tudo mais. Eu já ouvi pessoas que vão em Igrejas Protestantes dizerem que ser homossexual é uma doença e que essas pessoas precisam da cura de Deus e tenho certeza absoluta que isso não tá na Bíblia. Eu sei que isso quem fala são os FILHO DUMAS PUTA pastores, aqueles lá, operadores de milagres e que deveriam estar, como o nosso amigo Jesus pregou (e tá na PORRA da Bíblia!), reunindo o rebanho para que possamos viver em paz, mas estão dividindo e, assim como fez a Igreja Católica nas Cruzadas e na Segunda Guerra e apontando, por baixo da mesa, as pessoas que devem ser crucificadas. Os pastores não percebem o poder que têm sobre os pobres coitados que vão à Igreja. Essas pessoas estão ali porque precisam de Deus e/ou querem agradecer a Deus, mas saem de lá completamente bitoladas e mais retardadas. Isso sem comentar que nada muda em casa e as pessoas vão à Igreja só pra dizer que vão, pois saem de lá sem serem tocadas. Não são ensinadas a perceber que o toque não está naquela pessoa que desmaia e vira os olhos no meio do culto, mas está ali, na frente do nariz: na Bíblia. Aprendam de uma vez, seus TONGOS, RETARDADOS, IDIOTAS DO CARALHO inúteis. A culpa não somente tua, mas também do espírito de porco dos pastores e/ou da má preparação que eles têm. Tu de casa, estudes a história da tua Igreja. Se gostas, leia a Bíblia antes e aprenda com ela. Não deixe que te digam o que tu tens que aprender. Como diria o Santo ET Bilu, "busquem conhecimento". 
A Igreja Protestante precisa de uma "Reforma Protestante" o mais rápido possível, antes que tudo esteja perdido. Alguém salve esses pobres coitados que vão lá para serem enganados.

Amém.



E, ao meu amigo, vás, cria-te pastor e seja o próximo Martinho Lutero. Tens meu apoio, confio em ti. =D

Esse post é dedicado a um amigo que almeja ser pastor, mesmo sabendo o que vai encontrar por lá.