quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo, sua Vida de Merda e como Mudá-la

O Final do Ano chegou. Estamos passando do marco inventado por nós mesmos que diz que, após 365 dias, a Terra está de volta ao local que esteve há exatos 365 dias. (é nessa hora que você, ser supremo da inteligência, vem dizer que tem o ano bissexto e que, na verdade, o ano não tem exatamente 365 dias e recebe um conselho: enfie seu calendário de físico de Wikipédia no seu orifício anal). É toda aquela falsa emoção, sua família cantando a musiquinha da Globo, champagnes e espumantes, farofa, lentilha, arroz, carne de porco, show de fogos no Rio de Janeiro, abraços, mais musiquinhas, seu tio bêbado e sua tia reclamando, sem comentar sobre as crianças. Você querendo estar numa festa, mas está no orkut apagando os spams (ou sendo um filho da puta que envia aqueles lixos), no msn aproveitando a deixa pra voltar a falar com aquela guria que você quer pegar e no twitter escrevendo a hashtag #felizanonovo. Nesse dia, todo mundo é MUITO meio forever alone. Vai fazer as mesmas promessas que você fez quando descobriu o que era "promessa" e, claro, vai deixá-las de lado no dia 2 ou, com um pouco de sorte, na segunda semana ou, se você for foda, no carnaval. Você já gastou todo o seu décimo terceiro comprando álcool, presentes de Natal e aquela camisa ou caixa de chocolates pro seu amigo secreto da empresa e de casa. Certamente a camisa não vai servir e a pessoa comerá os chocolates, quebrando a promessa de fazer dieta, na mesma hora e não vai lembrar de quem recebeu o presente. Na hora da virada, vai olhar ao seu redor e ficar um minuto em silêncio, avaliando como foi seu ano, com um certo foco naquele dia em que você ficou o dia todo se masturbando, comeu a empregada, fumou muita maconha e encheu a cara pra caralho foi feliz ao máximo e vai pedir para que seu ano seja melhor, mesmo que você seja um físico de Wikipédia e/ou ateu. Vai dizer que o ano passou rápido e vai ver o trouxa espertão do seu primo dizer "os anos tem passado cada vez mais rápido", tentando puxar o assunto para tecnologia, depois pro Twitter, finalmente, pro SUPERHIPERMEGA PC que você ficou namorando o ano todo e não pôde comprar - eu sou esse, assumo. Vai ir pra uma festa, chegar lá e ver que tá todo mundo querendo pegar todo mundo, pra começar o ano bem. Vai beber mais e chegar em casa como um gambá e, no dia seguinte, vai ser o comentário da família toda, que está reunida: "olha como ele começou o ano...".
E você, leitor, leu até aqui e viu que isso acontece mesmo e perdeu tempo lendo o óbvio, se pergunta nessa hora: TÁ, E AÍ?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

(e-)Protestos no Brasil, um Balde de Água Fria e Sadomasoquismo Político.

Chuá!
Esse texto começa simplesmente assim, todo molhadinho e com um apelo sexual. Sim, amigos, não pensem que o "inh" não tem um sentido. Ele tem e é bem válido, porque parece que nós, brasileiros, gostamos de levar. E molhado, claro, pelo fato de que, pouco mais de dois meses após escolhermos os nossos representantes, eles jogam um balde de água fria, apagando qualquer chance de melhora. Mas, no Brasil, a gente gosta de levar. Gosta mesmo. Quando é assim, bem forte, a gente chega lá. Na verdade, a gente nunca chega lá. A gente finge orgasmo e tá tudo bem. Quando ficamos brabinhos, corremos pro twitter, pra protestar. É até bonito de ver, em meio às tosquices diárias, uma hashtag #FogoNoCongresso, ou #PiorCongressoDaHistória. Bonito seria se a gente fosse lá e botasse fogo mesmo, com todo mundo dentro se os políticos utilizassem o salário, que foi aumentado em 62%, pra melhorar o país. Mas se eles não faziam antes, não o farão agora. O que nos resta é o protesto. Mas como, em um país tão grande? E-Protestos não atingem ninguém. Olhem pro Ficha Limpa, grande conquista nossa e que praticamente nenhum político filho da puta foi impedido de chegar lá. Qual a solução, então? Mandar o BOPE lá?