domingo, 10 de abril de 2011

Desliga esse Videogame, Guri!

Esse texto começou com uma das frases que mais ouvi na minha vida. "Desliga esse Videogame, Guri!" e "Sai desse computador de merda!" foram as frases que marcaram minha infância. Não sei o porquê, mas hoje elas vieram à tona, agora, quando eu estava lendo algumas coisas que leio costumeiramente só pra ficar a par da vida. E veio bem a calhar, pois tem sido com a voz de todo mundo lá em casa que eu tenho levado a vida nesses últimos meses, porém de uma forma metafórica, às vezes com sucesso, outras levando chumbo. E termina do jeito que começou, sem mais nem menos, por um motivo simples: eu não sei mais o que escrever.
Então tá na hora de, novamente, eu obedecer e desligar o videogame, mas lembrando sempre de salvar antes de desligar - embora eu tivesse um Super Nintendo, quando eu ganhei o computador, sempre tomei o cuidado de salvar, mesmo tendo perdido o jogo ou ficado sem balas. No dia seguinte eu sabia que ia dar um jeito.
Então... DESLIGA ESSA MERDA!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Moça do guarda-chuva.

A moça do guarda-chuva, amiga do rapaz do sombrero, simplesmente decidiu se molhar. Fechou o guarda-chuva, jogou-se na chuva e molhou-se. Mesmo assim, às vezes recebia a culpa do rapaz do chapéu, que dizia que o guarda-chuva que a moça carregava espantava a chuva. Portanto, era culpa da moça a falta de chuva. A moça não entendia, pois sempre tomava seus banhos de chuva, embora jamais falava para o rapaz que havia algo sobre a sua cabeça, tampouco para retirá-lo.
Será que a moça do guarda-chuva um dia terá coragem para sacar o sombrero da cabeça do rapaz? "Sim", diz ela, com a coragem pulsando como seu sangue que fervia a cada vez que o rapaz jogava sobre ela a culpa da chuva que não caía.

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Same rules, fellas.

Rapaz.

"Como pode ele não perceber que estou aqui?" pensava o sombrero de abas largas que há muito tempo recebia a chuva que deveria cair sobre a cabeça do rapaz que se encontrava abaixo dele. Ouvia o rapaz praguejando, culpando as nuvens, a física e a todos, embora a culpa fosse simplesmente dele. Um dia o chapéu de abas largas apertou a cabeça do rapaz, forçando-o a perceber que havia algo sobre a sua cabeça. O rapaz, indignado, simplesmente culpou o sombrero, sem fazer menção de retirá-lo de lá.
Até quando o rapaz ficará com o sombrero em sua cabeça? Ninguém sabe.
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Muda o texto, a regra continua.

Sombrero.

"Decepcionar-se é (bem) pior do que parece", dizia o rapaz que não tomava banho de chuva há muito tempo. Simplesmente ficava pensando em desculpar-se ou retirar seu quinhão de culpa, jogando-a nas nuvens, acusando-as de simplesmente não molharem a área onde ele se encontrava. Praguejava demais. Mas ele não percebia que precisava tirar o chapéu de abas largas que cobria sua cabeça e seu corpo. Quando viu-se coberto pela sombra do chapéu, fez o que todos fariam: culpou o chapéu por não sair de lá, por não ouvir as reclamações. 
Mas o chapéu não sairia de lá sozinho. Nunca saiu. 
Até quando ficará lá? Ninguém sabe.
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Se quiser o texto desmetaforizado, pergunte.
Não tente entender por si só e formar sua opinião sem conhecer os motivos do texto.