segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nightmare pt. 1

Acorda. Trabalha. Come. Trabalha. Dorme. - Dias da Semana
Acorda. Curte. Come. Curte. Dorme. - Finais de Semana.
Acorda. Olha para os lados. Um mundo completamente novo à sua frente. Pirâmides à sua volta, mas nada de Egípcio. Num piscar de olhos, Paris e a Torre Eiffel podem ser vistas. Outro piscar e ele está no trabalho, em um escritório, procurando o porquê, a explicação do motivo pelo qual estão levando pólvora, ilegalmente, aquele lugar. O café vem sendo sua melhor companhia há três dias. A cama e a mulher há dois dias sozinhos. "Eu desisto, ele disse". O curto tempo entre descer as escadas e ir pra casa parece demorar anos. "Einstein e sua relatividade, que coisa mais óbvia", ele pensa. No rádio, notícias sobre a guerra em um daqueles países que não tem paz há séculos. Lá fora, nada de paz também. Buzinas são ouvidas como se as sinaleiras tivessem ouvidos. "De que adianta buzinar, se de nada adianta? Idiotas". Pela avenida, cento e vinte quilômetros por hora, outdoors diversos: massagens VIP e comida. "Comida. Parece que não como há anos". Boceja calmamente, procurando segurar firmemente o volante de seu carro novo, considerado o carro do ano por "aquela-revista-que-nem-leio". Ele olha. A entrada para sua casa está próxima. Precisa entrar à direita após o próximo posto de combustível. Aquela olhada para o marcador de gasolina é quase-que-sagrada. Abastecia naquele posto há mais de cinco anos, desde que mudara para um bairro nobre. Entrara para a alta sociedade daquele lugar, com seu carro e sua casa, projetada por ele mesmo. "Eu não posso acreditar". O trânsito havia parado, por causa de um acidente. Âmbulancias por todos os lugares. "Será que está passando no rádio?", diz ele, zapeando pelas rádios até descobrir que um acidente entre um caminhão, dois carros, uma van e uma moto acarretaram na morte de mais de vinte pessoas. Quando, finalmente o trânsito recupera a sua vitalidade, ele pega mais duas direitas, uma esquerda e, três horas depois, estava em casa. "Comer ou dormir? Eis a questão", pensa ele, rindo sozinho da frase que acabara de lembrar. Entrando em casa, decide comer, afinal, os três dias comendo apressado estavam pesando. Após um maravilhoso jantar, vai na direção do quarto, deita-se e dorme. Descansado, poderia curtir seu final de semana com aquela mulher que amava. Durante a noite, ele tem um sonho: Acorda. Olha para os lados. Um mundo completamente novo à sua frente. Pirâmides à sua volta, mas nada de Egípcio. Num piscar de olhos, Paris e a Torre Eiffel podem ser vistas. Outro piscar e ele está no trabalho, em um escritório, procurando o porquê, a explicação do motivo pelo qual estão levando pólvora, ilegalmente, aquele lugar. O café vem sendo sua melhor companhia há três dias. A cama e a mulher há dois dias sozinhos. "Eu desisto, ele disse". O curto tempo entre descer as escadas e ir pra casa parece demorar anos. "Einstein e sua relatividade, que coisa mais óbvia", ele pensa. No rádio, notícias sobre a guerra em um daqueles países que não tem paz há séculos. Lá fora, nada de paz também. Buzinas são ouvidas como se as sinaleiras tivessem ouvidos. "De que adianta buzinar, se de nada adianta? Idiotas". Pela avenida, cento e vinte quilômetros por hora, outdoors diversos: massagens VIP e comida. "Comida. Parece que não como há anos". Boceja calmamente, procurando segurar firmemente o volante de seu carro novo, considerado o carro do ano por "aquela-revista-que-nem-leio". Ele olha. A entrada para sua casa está próxima. Precisa entrar à direita após o próximo posto de combustível. Aquela olhada para o marcador de gasolina é quase-que-sagrada. Abastecia naquele posto há mais de cinco anos, desde que mudara para um bairro nobre. Entrara para a alta sociedade daquele lugar, com seu carro e sua casa, projetada por ele mesmo. "Eu não posso acreditar". O trânsito havia parado, por causa de um acidente. Âmbulancias por todos os lugares. "Será que está passando no rádio?", diz ele, zapeando pelas rádios até descobrir que um acidente entre um caminhão, dois carros, uma van e uma moto acarretaram na morte de mais de vinte pessoas. Quando, finalmente o trânsito recupera a sua vitalidade, ele pega mais duas direitas, uma esquerda e, três horas depois, estava em casa. "Comer ou dormir? Eis a questão", pensa ele, rindo sozinho da frase que acabara de lembrar. Entrando em casa, decide comer, afinal, os três dias comendo apressado estavam pesando. Após um maravilhoso jantar, vai na direção do quarto, deita-se e dorme. Descansado, poderia curtir seu final de semana com aquela mulher que amava.

Acorda de susto, doze horas após pegar no sono. "Ei, esse foi o meu dia de ontem!", ao mesmo tempo em que pensava estar vivendo um sonho. De repente, uma pergunta que não pode responder vem à tona: "Que porra é essa?"
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Fim da Parte 1

Um comentário:

  1. Pra mim, já é um pesadelo a partir do momento em que uma pessoa mora num bairro nobre...

    E, tirando isso, acho que tô vivendo esse pesadelo... o.Õ

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