terça-feira, 30 de novembro de 2010

Vá ser menino, Menino!

Era uma vez um Menino. Com "M" maiúsculo, pois era este o seu nome: Menino. O menino gostava tanto de ser Menino porque todas as vezes que se sentia menino, sentia-se também Menino. E mesmo quando não era menino, jamais deixava de ser Menino.
O menino Menino julgava as coisas de uma forma exageradamente exacerbada. Achava exacerbar uma palavra bonita. Um verbo que tem uma exacerbância tamanha que ele podia sentir em um raio de kilômetros. Sentia cheiro de exacerbação, o menino. 
Nasceu longe de onde mora: nasceu em um lugar onde era chamado de menino. Foi pra um lugar onde é chamado de guri. Ah, como perdeu a graça ser chamado de guri. Sentia-se perdido, afinal, perdeu sua meninice: virou simplesmente Menino. Sua dupla identidade, seu instinto James Bond. Ah, como odiava ser guri. "Se é pra ser assim, prefiro ser homem. Homem! Guri, jamais". Largou o tempo de guri porque fora obrigado a deixar de ser menino e virou logo homem. O Menino agora é homem. Mas é fajuto. Quer voltar a ser menino. Ouve Janis Joplin e quer trocar todos os amanhãs por um único ontem. Sentir-se duplamente (M) (m) enino. Fora aconselhado a desistir de ser menino, a assumir que não havia mais esperanças e deixar pra lá. O tempo corrigiria, tornando-o mais forte. Tentar ser menino iria somente fazê-lo perder tempo e sofrer.
Mesmo assim, Menino ativou sua máquina do tempo, mas ocorreu o reverso do inverso do contrário: foi pro futuro e ficou velho. Ah, como odiava ser velho, assim como detestava ser homem, e preferiria a morte a ser guri. "MENINO, CARALHO! MENINO", urrava como um menino que odeia ficar de castigo. Seu castigo era não ser mais menino. Foi quando Menino percebeu que podia ser menino pra sempre, sim. Como o Peter Pan. A tarefa era simples: voltar a ser menino dependia das meninices e não da idade ou da situação. "Brigar com o tempo e com a vida é coisa de homem, de velho", pensou. Pensava também que era coisa de guri ficar irritado com isso. E optou por ser menino, por ter o seu próprio caminho. Tinha receio de fazê-lo e de que poderia ser bem pior descobrir-se "não-menino", "meninamente fracassado" ou, na pior das hipóteses, perder a paixão por ser menino e não conseguir mais voltar a ser homem. Um Capitão Gancho transformado em Peter Pan, transmorfado pra sempre. 
Mas era o que seu coração mandava.
Foi ser menino, o tal Menino.


E é o meu exemplo, pra sempre.
E o meu conselho, pra todos.

Baseado em fatos reais.
E não foi um baseado fechado com jornal, não!

domingo, 28 de novembro de 2010

Mário, a Audácia de Viver e o Fundo do Poço

Ultimamente, ando meio escritor: frustrado com os dissabores da vida. Tenho tido mais vontade de escrever e isso, normalmente, não é bom, principalmente pois, como diz o ser lá que acompanha o Galvão Bueno, "a regra é clara": Tá no fosso? Vá escrever! Eu tenho tido tantas idéias pra postar, principalmente sobre os assuntos dessa semana, mais principalmente ainda sobre o Rio de Janeiro, que está passando por apuros e até o Cristo Redentor vai acabar se rendendo. Escrevi até uma poesia/música, daquelas bem emocore ou sei lá o que. Vou vender pra uma dessas bandinhas aí. Meu projeto de vida sobre ser feliz não importa de qual forma não está dando certo, tenho decisões a tomar e, na boa, NÃO tenho a Audácia de fazê-las. Decisões das mais sérias, sem brinks. É sobre isso que eu quero falar. Sobre a falta de Audácia para viver que todos temos. Já aviso, o papo é meio filosófico. Isso significa que há 99% de chances de não haver conclusão nenhuma e quem vai nos trazer a lição de hoje é ninguém mais ninguém menos do que ele, o encanador mais famoso do mundo: Mário. (não que eu tenha usado drogas)

domingo, 21 de novembro de 2010

Declaro

AMOR
Namorar
Passear de mãos dadas pela rua
Princesa
Ah, tua boca!
Ouvir tua voz
Extenso
Olhar estrelas
Amar-te
Gozei.
SEXO
Transar
Passar as mãos em tua pele nua
Plebéia
Ui! Tua boca!
Ouvir teus gemidos
Intenso
Ver estrelas
Comer-te
Amei.

Declaração Dois-Em-Um. Declaração Um-Em-Dois. Talvez mesmo seja Declaração Nós-Dois. Te sinto, sinto contigo e sinto por ti. Além do amor, além do sexo, além de mim.


Para alguém que merece essa declaração.
Melhor se lida ao som de uma música romântica.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Eu não sou um merda! - Oi, voltei!

Depois de um bom tempo pensando no dia em que eu voltaria a escrever aqui, decidi. Vou escrever. E você, pobre coitado leitor, deve ser o primeiro a receber essa infelicíssima notícia. Passei um bom tempo pensando no que os outros escrevem, no que eu acho que escrevo, no que eu deveria escrever e não concluí nada além de que eu não sou de nada. Os outros é que sabem escrever, enquanto eu não sei porracaria nenhuma. Pensei, durante um bom tempo, que eu era/sou simplesmente um comum, que escreve somente o básico. Mas, após uma conversa com a Brubes, lá do Quase Fábula, decidi que tenho mesmo é que soltar o que eu tiver pra escrever e que se fodam os outros, mesmo.
Como penso em voltar há tempos, até tinha escrito um texto  pra quando eu voltasse. Confere aí: