segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Abominável Nova Igreja Católica do Período Medieval

Todo mundo que tem o mínimo de conhecimento sabe como era a Igreja Católica, principalmente no período de seu ápice, durante a Alta Idade Média. Todos que estudaram história viram o domínio, a forma de manutenção da hierarquia Católica Apostólica Romana, bem como a forma de tratar os "infiéis", os hereges, os pecadores, etc. Falar sobre isso é apenas gastar meu tempo e ler sobre isso é gastar o tempo dos poucos leitores que eu tenho.
O assunto de hoje é "como as Igrejas Evangélicas (e com essa nomenclatura quero integrar todas as religiões cujos cultos são presididos por Pastores) vêm se tornando cada vez mais igual àquela Abominável Igreja Católica da Idade Média". Isso mesmo, aquela igreja tão criticada, que torturava bruxas, fazia cruzadas contra os infiéis, cobrava indulgências, vendia pedaços do céu e tratava as demais religiões como inferiores.
A origem da Igreja Protestante, como já falei em outro post, é datada do século XVI e era regida por uma ideia principal: ser diferente da Igreja Católica. E foi assim durante muito tempo, parecendo ser uma religião mais "inteligente". Porém o que se vê, ao menos no Brasil, é uma reprodução "seculovinteumzada" das práticas que a Nova Igreja faz questão de criticar como forma de legitimação da sua "superioridade" sobre a Velha Igreja do período medieval. 
Em qualquer culto é possível ver que, no grito, os pastores buscam fazer uma descarada lavagem cerebral com o intuito de escravizar mentalmente e conquistar novos "fiéis" e/ou "contribuintes", assim como pode ser observado na obrigação de ser católico imprimida pela Igreja Católica. A proibição de várias práticas como o sexo sem casamento também é defendida pela Nova Igreja, bem como o repúdio à homossexualidade permanecem e as cruzadas de outrora com o objetivo de conquistar novas áreas estão nos programas TV e nos protestos contra a liberdade de expressão e os homossexuais.
A cobrança do dízimo não é obrigatória, mas é preciso pagá-lo para obter a salvação. O enriquecimento com o suor dos outros é visível pelo número cada vez maior de Igrejas, pastores e seus bens. Jesus agradece o dinheiro colocado no envelopinho branco dos que levantaram a mão para recebê-los. A interpretação imparcial da Bíblia é equivalente à forma de escrevê-la (aliás, é interessante dizer que já reescreveram-na a seu gosto), bem como é possível ver que as torturas, antes físicas, contra os hereges e praticantes de outras religiões é hoje uma tortura psicológica aos "escarnecedores", que não são aceitos em grupos onde predominam membros "fiéis" ou são ofendidos pelos seguidores do cara que foi crucificado por pregar igualdade entre os homens. 
O abuso com as pessoas que estão à margem (não apenas da sociedade, mas também à margem de sua própria capacidade de distinguir entre o que é certo ou errado naquilo que é dito) é visível e a transformação dessas pessoas "de bem" em pessoas abaladas psicologicamente - doentes - é tão criticável quanto o nazismo. A violência praticada hoje em dia pelas Novas Igrejas é equiparável à Velha Igreja na época em que dominou o pensamento religioso. Embora ambas produzem verdadeiros milagres todos os dias, a sede de poder tornou a Nova Igreja tão abominável quanto a Velha.

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